Grupo de Edição Electrónica

25 outubro 2005

Jornalismo digital

Tendo como base alguns dos textos abordados nas primeiras aulas, por exemplo, “Interactividade: A grande promessa do jornalismo online”, de Elisabete Barbosa e O jornal digital”“ de Anabela Gradim, gostaria que elaborassem um pequeno comentário.
Devem ter em consideração os seguintes tópicos:
- as potencialidades e as problemáticas do jornalismo online;
- quais as grandes alterações que traz;
- qual o futuro do suporte de papel;
- outros tópicos que vos pareçam interessantes abordar.

6 Comments:

At 5:56 da tarde, Blogger Sputnik said...

Creio que o surgimento do jornalismo digital foi bastante benéfico pois permitiu o acesso mais rápido á informação e por outro lado deu-nos a possibilidade de interagir com o jornalista. Para mim a grande vantagem deste meio é nos disponibilizar através de arquivos ou de motores de busca as edições anteriores e ao mesmo tempo possibilitar a sua leitura em qualquer ponto do mundo. No que diz respeito as desvantagens desta forma de comunicação destaco a perca de informação que se dá na passagem do papel para o digital. Ao meu ver o digital nunca vai substituir o papel e vice-versa pois sentimos a necessidade de recorrer ao papel para confirmarmos artigos que nos tenha chamado á atenção bem como sentir o tradicional papel de jornal nas nossas mãos acreditando que existirá sempre a um paralelo entre o digital e o papel em que um vem complementar o outro.

Marisela

 
At 5:02 da tarde, Blogger Eder Sousa said...

Como temos abordado nas diversas aulas, a Internet tem vindo a revolucionar a forma como se faz jornalismo, não só pelo facto de os jornalistas terem a necessidade de se adaptar ao novo meio (um texto tem de ser o mais sintético possível, pois a visualização num monitor conduz imediatamente ao cansaço, entre outros aspectos que há que ter em conta), como ainda em relação à alteração do tempo/espaço, pois ainda não há muito tempo atrás os jornais diários eram o meio mais actualizado de informação, actualmente numa questão de minutos podem surgir inúmeras notícias que são rapidamente expostas na Internet. Para além disso, a utilização deste meio como fonte de pesquisa por parte dos jornalistas, tornou a fluidez de informação muito mais frenética. Para evitar um texto demasiado extenso e exaustivo, podemos sintetizar rapidamente as principais vantagens do jornalismo online:
- O alcance planetário;
- As funções multimédia;
- A actualização rápida;
- A utilização da própria Internet para investigação;
- A interactividade.
Com tantas vantagens do jornalismo online, podemos interrogar-nos quanto ao futuro do jornal de papel que tão bem conhecemos: será que vai acabar? A resposta é simplesmente não! O livro é a prova de que o meio tradicional do papel está para ficar. Senão vejamos: o jornal pode ser levado para qualquer lugar, a qualidade das notícias mantém-se, ler no monitor do computador é cansativo e imprimir em casa sai caro, como ainda por cima é de mais fácil leitura (pois a informação na Internet pode ser apresentada de forma não linear, para além de utilização desenfreada de hiperligações pode conduzir os leitores a alguma confusão). Simplesmente o que se tem verificado é uma complementaridade entre a Internet e os jornais tradicionais.
Outro dos fenómenos, que ao que parece virou moda, é a proliferação de Weblogs. Não há quase ninguém que não tenha um, para além de ser um recurso cada vez mais utilizado no ensino, pois é uma forma de estimular os alunos a escrever, para além de ser uma óptima forma de interacção entre aluno/professor. Apesar disso, existe uma situação que não consigo deixar de focar e que na minha perspectiva não deixa de ser alarmante: a perda enumerável de tempo com os blogues. Sou o primeiro a admitir as potencialidades deste recurso na aprendizagem, como ainda de reconhecer o facto de podermos deixar de ser meros “espectadores” e passar a poder participar e interagir na esfera pública. Contudo, considero que este fenómeno quando “consumido” de forma excessiva, leva os indivíduos a despender demasiado tempo com a sua actualização, principalmente por parte dos jovens. Falo não só por experiência própria, mas também pelos comentários e opiniões dos meus colegas, que escuto atentamente, como ainda pelo meu irmão e seus respectivos companheiros de escola. Pelo que tenho observado nestes últimos dois anos, os professores têm pedido regularmente a criação de blogues nas mais variadas disciplinas, algo que considero bastante útil, mas não deixo de contestar as exigências relativamente a esta questão no que diz respeito ao empenho e actualização dos mesmos, o que se torna algo absurdo quando no fim os alunos deparam-se com três ou quatro blogues para efectuar manutenção. Não basta os sistemas de mensagens instantâneas, os jogos on-line, as horas infindáveis a “navegar” na web, como ainda por cima, surgiu a “blogomania”, que cativou miúdos e graúdos. Talvez eu esteja a ser demasiado conservador, mas quando vejo os miúdos saírem da escola e irem a correr para o mundo virtual, instalados em casa ou em qualquer outro sítio onde existe acesso à Internet, até que anoitece (ou pela noite dentro…) fico indignado. O que é feito do diálogo entre amigos, os passeios de bicicleta ou jogos de futebol? Será este o futuro? A proliferação de verdadeiros “agarrados” à web, que à semelhança de qualquer droga, vicia e sem a qual não podem passar? Talvez o problema seja meu e como disse há pouco, sou mesmo um conservador…
PS: Peço desculpa pela extensão do comentário, prometo ser mais sintético da próxima vez…

Eder Sousa

 
At 10:12 da manhã, Blogger Isália said...

Apesar do jornalismo online ter vindo a aumentar gradualmente com o passar dos anos, o uso do jornal em papel não deixou de ser importante e por vezes é posto em primeiro lugar em relação ao jornal digital. É mais barato, mais fácil de transportar e a leitura torna-se mais fácil; por sua vez, o jornal digital é mais interactivo e instantâneo, as noticias acontecem na hora e são actualizadas a todo o momento; é possível a subscrição online, inquéritos, aceder ao arquivo de edições anteriores e qualquer pessoa que tenha acesso à Internet pode ver e participar. Esta é muito importante para o jornalismo, pois transmite a mesma mensagem que a imprensa, mas tem a vantagem de conjugar texto, imagem e som numa só estrutura e que toda a gente em todo o mundo terá acesso.

Isália

 
At 3:32 da tarde, Blogger Patricia said...

A Era do Digital

Apesar de estarmos a viver a era do digital, não creio, de modo algum, que isso possa colocar em causa o futuro do papel. Muito embora seja mais fácil de enviar e partilhar informação, uma notícia (ou um trabalho) no ecrã torna-se mais difícil de ler (muitas vezes, quando a notícia tem um tamanho considerável, prefiro imprimi-la para depois a ler), o que faz com que mesmo utilizando e beneficiando as potencialidades do digital, as pessoas vão sempre necessitar e utilizar o papel.
No que diz respeito às potencialidades do jornalismo on-line, creio que são muitas e bastante positivas. As mais importantes creio que seja a constante actualização das notícias e a mais rápida referência a outras notícias (se ocorrer uma catástrofe natural, iremos procurar na Internet, nas diversas agências noticiosas, referências a essa notícia e assim passamos a estar informados sobre tudo, é claro que isso é impossível acontecer com a imprensa escrita).
Este jornalismo possibilita, também, a proliferação das notícias à escala mundial, porque assim, uma pessoa que viva na Austrália pode estar ocorrente das notícias de Portugal.
A interactividade e o feedback dos cibernautas são muito importantes, porque muitas páginas web possibilitam aos seus visitantes ler artigos relacionados com a mesma temática daquele que lhe chamou a atenção, ou então, temos os fóruns, onde os utilizadores “discutem” os temas que fazem manchete.
As Newsletters, inicialmente utilizadas para a propaganda de publicidade, são hoje enviadas para os seus subscritores com as principais notícias do dia (exemplo da revista Visão).
Ao fim ao cabo, o “jornalismo on-line” apenas facilita a vida daqueles que pretende estar bem informados. Não é por se ler a notícia no ecrã que já não se vai comprar o jornal em papel, as pessoas têm sempre a necessidade de comprar porque há uma quantidade de notícias (pela sua menor importância) que podem não ser referidas na versão on-line.

 
At 4:08 da tarde, Blogger Tiago Griff said...

Na minha opinião o jornalismo digtal só vem complementar o campo do jornalismo clássico (tv, jornal, rádio, etc.). É só mais uma etapa natural de um mundo cada vez mais informatizado. Acho que vem ajudar, e muito, a questão de acessibilidade para públicos que possam não estar num determinado espaço geográfico. Penso que como há cada vez mais pessoas mais viradas para a internet, o jornalismo digital, vem a todo o gás com o intuito de não só manter antigos "clientes", mas também procurar atingir novos públicos (mais novos).
Mas isto traz uma questão grave que se traduz no controle (ou não!) que se possa ter sobre publicações de orgãos que não tenham credibilidade, e o que isso possa trazer de negativo à esfera pública. Com mais pessoas a terem o "dom da palavra", e sem entidades reguladoras eficazes, capazes de controlarem o que se publica, a vida privada torna-se muito fragilizada e exposta.

 
At 7:27 da tarde, Blogger clau said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 

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